Nos últimos tempos virou normal clubes mudarem de nome e de cidade: Guaratinguetá/Americana, Barueri/Prudente, Ipatinga/Betim, os chamados Itinerantes FC. Um horror! Em todos estes casos, porém, um clube deixa de existir para criação do outro, que herda as vagas nas competições estaduais e nacionais.
No Rio de Janeiro, no entanto, o Duque de Caxias e o Cabofriense estão tramando algo mais, digamos, criativo, além de imoral e com cara de ilegalidade. O dono do Duque de Caxias, deputado federal Washington Reis, perdeu as eleições municipais de 2012 e sem o dinheiro da prefeitura, não vê como disputar a Série C que começará no dia 2 de Junho.
A saída encontrada: vender a vaga para a AD Cabofriense, que disputa atualmente a Série B do Rio e tem como presidente de honra o prefeito de Cabo Frio, Alair Correa. O Duque de Caxias planeja uma “fusão” com a Cabofriense na Série C, mas disputará sozinho o campeonato estadual da Série A de 2014, onde tem como cota de TV algo em torno de R$1.500 milhão.
Série A estadual do ano que vem que tem exatamente o time da Cabofriense como um dos favoritos a disputá-la. Ou seja, se tudo der certo, Duque de Caxias e Cabofriense disputariam “fundidos” a Terceira Divisão nacional neste ano e, separados, a Primeira Divisão estadual em 2014.
Se o Duque de Caxias não têm condições de disputar a Série C, deve se licenciar e ter a vaga preenchida por um dos clubes rebaixados em 2012. Fala-se que a “fusão” valeria coisa de R$ 10 milhões, além de terrenos em Cabo Frio.
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