segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Turismo

Rio como atração nacional


        Pela primeira vez o número de turistas brasileiros superou o de estrangeiros no Rio. De um lado, mostra o crescente poder aquisitivo nacional, de outro, o impacto da crise econômica na Europa e Estados Unidos. São dados interessantes para a cidade. A queda do turismo estrangeiro se deve também à combinação de dureza econômica lá e os altos preços praticados pela indústria hoteleira durante a Rio+20.
        No meio do ano passado, foi preciso um apelo do governo para que os preços baixassem um pouco e se tornassem aceitáveis pelas delegações estrangeiras. Outro aspecto que afasta os turistas é a falta de sinalização adequada. Ninguém sabe onde está e o caminho que deve buscar.
        Hoje em dia, o Google ajuda e os GPs instalados nos carros também. Mas a existência de uma sinalização é boa até para confirmar o que o computador ou o telefone celular estão indicando. Um projeto de sinalização no Rio não custaria assim tão caro se o governo buscasse parceria com a iniciativa privada que poderia ter um pequeno espaço para anunciar seu produto. Existem muitos outros problemas que precisam ser equacionados por uma político de turismo. Além da falta de sinalização os visitantes mencionam a sujeira das ruas e praças. Isso não se resolve da noite para o dia. Mas a questão da limpeza poderia vir junto com todo o processo de mobilização para a Copa e Olímpiadas, ambos eventos com repercussão em nosso futuro como atração turística.
Está se falando muito em curso para taxistas. Mas o curso mais útil que é o de inglês ainda não saiu do papel de forma mais significativa.
        A conjuntura internacional pode mudar e depois dos eventos um grande fluxo de turistas estrangeiros buscar o Rio. Mas mesmo que isso não aconteça, a sinalização, preços razoáveis e a limpeza interessam também aos turistas nacionais. Já que estamos entrando nas semanas de carnaval, não custa nada falar do xixi na rua. Vai ser o mesmo drama dos anos passados, ou já começamos a resolver o assunto.
        O Rio poderia ter uma grande rede de banheiros públicos, grandes e confortáveis. De novo, surge a questão do dinheiro. E de novo, as empresas, sobretudo as que fabricam cerveja, poderiam adotar esses banheiros em parceria com o governo.
         Estou vendo o tempo passar mas não sinto em curso ainda um debate sobre como realmente tornar o Rio o polo turístico do futuro.
         Teremos, em 2013, o encontro da juventude católica e a Copa das Confederações.
O tempo passou muito rápido. A crise econômica internacional acendeu o sinal amarelo.
         Turismo é muito divertido para quem faz. Mas dá um enorme trabalho para quem pretende viver dele.

Fernando Gabeira




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